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Mônica Alves Bandeira é condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado em Mantena – MG.

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Júri popular durou mais de 10 horas e selou a responsabilização penal pela morte de Noerber Teodor Lacerda, crime brutal que comoveu duas cidades do interior mineiro

Em um julgamento que se estendeu das 9h30min até por volta das 20h00min do dia 05 de maio de 2025, o Tribunal do Júri da Comarca de Mantena proferiu sentença condenatória contra Mônica Alves Bandeira, responsabilizando-a por homicídio doloso qualificado, mediante o uso de fogo, contra Noerber Teodor Lacerda, conhecido como “Ebinho”, morador da cidade vizinha de Nova Belém / MG.

A ré foi sentenciada a 20 (vinte) anos de reclusão em regime fechado, em decisão unânime dos jurados, que acolheram integralmente a tese da acusação, de que o crime foi praticado com dolo e requintes de crueldade, causando comoção e revolta em toda a região.

O crime ocorreu em 26 de março de 2024, data do aniversário de 42 anos da vítima, que foi atraída até a casa da acusada, em Itabirinha de Mantena. Lá, foi golpeado com objeto cortante e teve o corpo incendiado. Mesmo gravemente ferido, Ebinho conseguiu correr por aproximadamente 500 metros até a casa de sua irmã, onde clamou por socorro antes de ser hospitalizado e, dias depois, vir a óbito em Governador Valadares.

ATUAÇÃO VIGOROSA DA ACUSAÇÃO

Dr. Renato Rezende e Dr. Raony Scheffer

A acusação foi promovida com firmeza e destemor pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, em atuação conjunta com os advogados assistentes de acusação Raony Fonseca Scheffer Pereira e Renato Rezende de Souza. A condução técnica e combativa dos três profissionais foi decisiva para a construção de um veredito de justiça.

Ao longo do julgamento, os assistentes da acusação atuaram com clareza, estratégia e contundência, conduzindo interrogatórios precisos, sustentando teses com sólida base jurídica e promovendo um discurso coeso que expôs a verdade dos fatos aos jurados. O advogado Raony Scheffer, inclusive, destacou em plenário que “nenhuma sociedade pode se calar diante de tamanha barbárie, sob pena de abrir espaço para a impunidade se tornar regra”.

CRIME QUE CHOCOU A REGIÃO

 A tragédia abalou profundamente as cidades de Itabirinha — onde Mônica residia e o crime foi cometido — e Nova Belém, onde Ebinho viveu, era muito querido e trabalhava na tradicional Fazenda Três Irmãos, ao lado da médica Dra. Aldilene Vasconcelos Lacerda e do advogado Dr. Renato Rezende. Sua morte deixou um rastro de luto e indignação na comunidade.

A brutalidade do crime, aliada ao histórico criminal da ré, que já responde a outros processos e é investigada por outro homicídio, acentuou o clamor social por justiça. Em 2022, Mônica teria participação no assassinato do idoso Archimedes Prudêncio de Oliveira, de 76 anos, também em Itabirinha — caso ainda sob investigação.

JUSTIÇA RESTABELECIDA

Ao final do julgamento, os familiares da vítima deixaram o fórum com o sentimento de que a justiça foi, enfim, feita. A condenação representa não só uma resposta institucional à violência brutal sofrida por Ebinho, como também uma vitória do sistema de justiça, da atuação coordenada entre o Ministério Público e a assistência da acusação, e da força do júri popular como instrumento democrático.

A ré não poderá recorrer em liberdade. O cumprimento da pena terá início imediato, dado o grau de periculosidade reconhecido pelas instâncias judiciais.

“Hoje não comemoramos uma vitória, mas reafirmamos um compromisso com a vida, com a verdade e com a memória de Ebinho”, afirmou emocionado o advogado Renato Rezende de Souza ao final da sessão.

O caso de Noerber Teodor Lacerda se encerra no Tribunal, mas deixa uma marca indelével na história recente das comunidades de Itabirinha e Nova Belém. A justiça tarda, mas quando vem com a força da verdade, deixa sua lição.

O PESO DA DOR E A DIGNIDADE DOS QUE FICAM

Durante todo o julgamento, os familiares de Ebinho mantiveram-se firmes, mesmo diante da dor reavivada a cada imagem, a cada depoimento e a cada lembrança do crime bárbaro. Em silêncio, carregavam nos olhos a ausência irreparável de um homem que era sinônimo de gentileza, simplicidade e generosidade. Ao fim da sessão, lágrimas contidas escorreram no rosto da irmã que o acolheu em seus últimos instantes de vida — o gesto de alguém que viu, no sofrimento, a urgência por justiça. E foi essa justiça que finalmente se fez presente. Não para apagar a dor, mas para honrar a memória de um homem cuja vida jamais será esquecida.

 

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Rodolpho Rocha
Rodolpho Rochahttps://portaladn.com.br
Empresário, Árbitro de Futebol e apaixonado pelo Jornalismo local.
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