Fenômeno no Brasil, “La Casa de Papel” segue com um público fiel seguindo sua história. Ainda que rocambolesca, a série espanhola segue com viradas completamente mirabolantes em sua quarta temporada, que estreia nesta sexta-feira (3), a tônica segue a mesma, num misto de novela com suspense mal resolvido. Nos novos episódios, os assaltantes continuarão confinados no Banco da Espanha, mas sofrerão ainda mais pressão externa.
Ainda que sejam parte de um plano genial, os bandidos parecem ter na manga toda solução possível para eventuais problemas. Muitos estão habilitados a performar cirurgias ou fazer deduções impossíveis. Muitos dos ganchos criados no terceiro ano da produção não se sustentam por muito tempo. A impressão é a de que a série tenta recomeçar a cada virada, o que não seria um problema, não fossem algumas delas muito absurdas.
A maior surpresa desta nova temporada está no fato de que, mesmo em um ambiente confinado, o roteiro consegue inserir novos personagens no assalto. Um deles é um vilão ainda mais cruel e violento do que todos os que surgiram até então. O artifício é claro: para criar empatia pelos assaltantes, que por vezes são malvados, é preciso colocar alguém ainda mais maligno no mesmo ambiente, para que não reste dúvidas de para quem se deve torcer.
As relações entre alguns dos protagonistas sofrerão tremores e personagens como Tóquio (Úrsula Corberó) se destacarão por tomar as rédeas do próprio destino. Também se conhecerá mais sobre o passado da aparentemente cruel Alicia (Najwa Nimri), policial torturadora, que estará frente a frente com Raquel (Itziar Ituño). Para quem precisa de um passatempo por causa do isolamento social, os novos episódios são um prato cheio.
Fonte: Uol