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Por: Mair Gomes/Camila Duarte

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Vamos falar um pouco sobre Comunicação? 

Mais especificamente sobre a linguagem oral, a linguagem que é falada. A linguagem é uma via de mão múltipla – entre a criança, o adulto e o ambiente que está inserida.  A linguagem e a fala são diferentes, a fala é o ato motor para a produção dos sons; já a linguagem antecede a fala. É através da linguagem que o ser humano comunica suas ideias e seus sentimentos, seja através da fala ou da escrita por exemplo, podendo ser de forma verbal (falada) ou não verbal (através de gestos, olhares, figuras, etc). A linguagem se inicia ainda no útero, onde os sons internos ajudam no desenvolvimento auditivo do bebê; e também a voz da mãe que acalma o bebê; e o grito do bebê ao nascer é o primeiro som emitido.

É fundamental realizar os testes da Orelhinha e da Linguinha, que já fazem parte da triagem neonatal, onde as estruturas são avaliadas para o melhor desempenho linguístico da criança.

É preciso ficarmos atentos aos marcos do desenvolvimento, acompanhando o passo a passo dessa evolução. 

As estimulações precisam ser constantes e adequadas em todo o desenvolvimento da criança. Cada criança tem sim o seu tempo, a maturação vai acontecendo, mas achar que o tempo é o único fator responsável pelo desenvolvimento do bebê é um ERRO. Para esse acompanhamento temos as escalas e o esperado para cada idade, que nos norteiam para o desenvolvimento adequado.

Então se aos 12 meses a criança não fala nada, não aponta ou não entende o que você diz precisa ser avaliada. 

Se aos 2 anos sua criança não fala ou fala pouco, já passou da hora de uma avaliação. E se ainda aos 3 anos ela tem dificuldades para falar, fala poucas palavras, tem uma frase pobre, na escola morde os colegas pois não consegue se comunicar, a avaliação deve ser urgente.

Fatores biológicos, neurológicos, comportamentais, musculares e ambientais interferem para que esse processo não flua da maneira adequada como por exemplo: ambiente pobre de estímulos, uso de telas excessivas, uso de chupeta e mamadeira, alteração auditiva, alteração muscular e funcional das estruturas orais, alteração na coordenação dos movimentos orais, comportamento agitado e etc. NUNCA é preguiça!!!!

Precisamos ficar atentos a interação  e a socialização dessa criança, como ela reage aos estímulos, como é o contato visual, como é a reação ao toque, a atenção ao ser chamada e ao comportamento.

E eis a pergunta???? 

Como ajudar???

– é fundamental ter tempo para brincar com a sua criança, é através do brincar que a criança aprende diversas habilidades; 

– falar devagar, sempre estar na altura da criança, olhar nos olhos, chamar a atenção da criança para sua boca, e sempre usar o modelo correto de fala; 

– caprichar na entonação e não na intensidade (não é falar alto e sim falar com modulação)  alongando as vogais; 

– fazer associações de palavras a gestos, figuras e objetos E

– aguardar e valorizar as respostas.

Essas são algumas dicas, mas lembrem-se de ficarem atentos ao desenvolvimento e ao comportamento da sua criança e na dúvida procurar um profissional para melhor avaliação. 

Um abraço a todos, fiquem bem e se cuidem.

Camila Duarte, graduada em Fonoaudiologia pela PUC Minas – BH em 2008, com especialização em Fonoaudiologia Hospital e Disfagia, Psicopedagogia e Análise do Comportamento Aplicada. Atuação na  Prefeitura Municipal de Nova Belém e Associação Pestalozzi de Água Doce do Norte.

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