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Por Mair Gomes: MATERNIDADE

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Maternidade significa: Qualidade de ser mãe. Laço que liga a mãe ao filho. 

Para iniciarmos nossa conversa vamos considerar a expressão, “laço que liga a mãe ao filho”, a palavra “LAÇO” é carregada de significado e nos possibilita uma reflexão na ocasião do mês das mães. O poeta Mário Quintana fala da beleza do laço em seu texto “O Laço e o Abraço”, mostrando a beleza de uma ligação e o perigo quando o laço se torna nó. Ser mãe é saber atar e desatar o laço sem deixá-lo se transformar em nó.

O que significa ser mãe e filho atípico. Podemos entender também como mãe de Pessoa com Deficiência. (PcD). Ser mãe de Pessoa com Deficiência é uma experiência que tenho vivenciado nos últimos 15 anos com minha família e com outras famílias com que convivemos. A maternidade atípica é vista pela sociedade como uma “bênção” um “presente de Deus”, não discordo destas expressões e opiniões, pois todo filho é dádiva de Deus, no entanto as mãezinhas atípicas sabem bem dos desafios que tal condição apresenta. Meu objetivo com esse espaço que nos foi cedido, através do portal ADN, é dialogar com as famílias em relação às demandas que são comuns. Para começo de conversa e interação gostaria de partilhar com vocês, e ouvir como são vivenciados o Dia das Mães na condição de uma família com uma pessoa com deficiência.

Minha filha falou aos 06 anos de idade e durante esses anos esperei ansiosa por ouvir “mãe”, ainda mais que em pesquisa inicial sobre autismo encontrei muitos artigos que falavam sobre as “mães geladeiras”, o termo foi atribuído por alguns estudiosos que consideravam a falta de expressividade emocional do autista a uma falta de habilidade da mãe em transmitir tais sentimentos. Não fui influenciada por essa falsa informação, pois desde o começo nossa família exercitava o afeto, isso mesmo, “exercitava”, foram diversas situações onde era necessário pedir um abraço, e em algumas ocasiões o treino era diário ao sair e chegar em casa. Depois dos 06 anos com a aquisição da fala a palavra mãe veio, mas a fala não a impedia de transparecer seu amor através de uma comunicação por desenhos e gestos. Um carinho expresso em um laço suave e carregado de intencionalidade educativa e treino social.

Usar o laço exige de nós muita resiliência para não deixar o laço virar nó, analisar e rever nossas ações buscando ampliar nossas conquistas para um campo de empatia e solidariedade, pois no contexto da pessoa com deficiência a sociedade não está preparada para receber o filho, o que faz com que toda ação seja carregada de um cuidado maior para os passos fundamentais de inclusão da pessoa em todos os setores.

Para este mês das mães, busquemos refletir sobre o papel social das famílias na luta por políticas públicas capazes de fomentar o atendimento à pessoa com deficiência ampliando as possibilidades de acesso e qualidade de serviços para. O laço não pode se tornar nó, mas também não pode ser rompido de maneira abrupta, sem que a pessoa esteja preparada para exercer sua autonomia.

Felicitações a todos aqueles que exercem a função materna e contribuem para o desenvolvimento de outro, as mães típicas e atípicas! 

Contribua com o assunto sobre a Pessoa com Deficiência deixando seu comentário.

Mair Gomes de Oliveira Silva. 08 de maio de 2021.

 

 

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