De 21 a 27 de agosto é comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A data foi instituída pela Lei nº 13.585/2.017 e visa ao desenvolvimento de conteúdos para conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão social desse segmento populacional e para combater o preconceito e a discriminação.
O que acontece referente a datas como estas, que foram instituídas visando a participação de toda a sociedade, é que apenas uma parcela abraça a causa e promove ações relacionadas ao tema.
Mas o que há de tão importante em datas? São apenas datas. Na verdade não, em uma sociedade que se propõe discutir, conscientizar e promover mudanças, quanto mais se discute um tema, quanto mais damos visibilidade sobre o mesmo, mais engajamento social e político passamos a ter.
As instituições de educação especializadas como APAEs e Pestalozzis sempre promovem eventos por ocasião de algumas datas que lembram a pessoa com deficiência, no entanto a pessoa com deficiência está inserida em vários contextos sociais e está presente em diversos núcleos como escola regular, igreja, redes sociais, grupos esportivos, academias, clubes e outros. Se cada setor pudesse ser um propagador da mensagem de inclusão muito mais a pessoa vai se sentir acolhida e valorizada.
A Semana Nacional da Pessoa com deficiência Intelectual e Múltipla de 2021 trás o tema: “É tempo de transformar conhecimento em ação”, o objetivo é trazer luz às diversas ações que acontecem em todo Brasil, fomentar e articular para que outros setores promovam ações que colaborem com a inclusão e com a eliminação do preconceito e da discriminação.
“Precisamos trazer a pessoa com deficiência para o processo de convivência e de interação. É fundamental transformar o nosso ambiente, fazendo com que essa pessoa seja ativa, e não mais passiva. Quando isso acontecer, tenho certeza que seremos surpreendidos com a capacidade de observação dessas pessoas”
As pessoas que convivem com alguém com deficiência não se sentem muito confortável para abordar o tema, é muito comum alguém dizer: “Meu vizinho é assim, mas não sei o que ele tem”, o que nos impede de nos aproximar? Qual barreira comunicacional precisa ser retirada para que ambos se sintam confortáveis neste processo.
O primeiro passo é não minimizar ou supervalorizar a situação, converse, esteja presente e seja presente na vida daqueles com quem você convive. Não precisamos mudar o mundo, mas precisamos colaborar com aqueles que estão ao nosso redor.
O sentido tema ao relacionar conhecimento e ação é apresentar como que os cursos, formação continuada dos profissionais da educação, saúde, direito e outros precisam sair do papel, dos locais formais e vir para a prática, chegar à sociedade.
Para que o conhecimento possa produzir ações é necessário mudanças profundas e de qualidade nas políticas públicas, é necessário que nosso conhecimento seja transformador e construtor de ações e práticas que gerem um constância social que seja regra e não exceção.
Que busquemos conhecimento e o conhecimento se torne ação. #étempodeação.
https://bvsms.saude.gov.br/semana-nacional-da-pessoa-com-deficiencia-intelectual-e-multipla/