No inicio do mês, o quilo da cenoura variava entre R$ 7,70 e R$ 8,00. Mas nos últimos dias tem aumentado gradativamente e assustado os consumidores.
Está cada vez mais difícil para o capixaba saborear um bolo de cenoura ou mesmo uma salada com o legume. O motivo está no preço “amargo” encontrado nas bancas das feiras livres, hortifrútis e supermercados. Na Grande Vitória, o quilo da cenoura já é encontrado por quase R$ 20,00.
Uma pesquisa em estabelecimentos de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra. O valor mais alto encontrado foi R$ 19,99 em um hortifrúti da Praia do Canto, em Vitória. Em outros estabelecimentos, o valor varia de R$ 12,99 a R$ 17,00.
Em Vila Velha, o preço mais baixo encontrado foi de R$ 13,99. Em Cariacica, o menor valor foi de R$ 12,69 e na Serra 13,98.
Na última quarta-feira (16), o preço médio da cenoura na Central de Abastecimento da Grande Vitória (Ceasa) está em R$ 9,63. O valor é R$ 0,37 mais baixo do que o vendido nesta terça-feira (15), quando o quilo era encontrado por R$ 10,00.
No inicio do mês, o quilo da cenoura variava entre R$ 7,70 e R$ 8,00. Mas nos últimos dias tem aumentado gradativamente e assustado os consumidores.
O que tem motivado o aumento no preço da cenoura?
Segundo o subgerente de rastreabilidade da Ceasa-ES, Marcos Magalhães, diversos fatores têm contribuído para o aumento no valor da cenoura. Os principais estão atrelados ao clima e as sanções econômicas impostas à Rússia por conta da invasão da Ucrânia.
“Há dois tipos de cenouras vendidas no Estado. Um vem de Minas Gerais e é considerado de melhor qualidade. O outro vem de produtores do Espírito Santo, mas tem uma qualidade menor. As fortes chuvas que caíram em Minas atrapalharam a produção e a colheita. Com isso, consequentemente o preço também foi afetado”, disse.
Marcos explicou que os produtores da região de São Gortado, em Minas Gerais, abastecem estabelecimentos de todo o país. Com a produção menor por conta das chuvas, o valor acabou aumentando.
Questionado se os preços devem diminuir nos próximos dias, Marcos disse que acredita que a queda deve demorar ocorrer, visto que recentemente houve um reajuste nos preços dos combustíveis.
“Estamos torcendo para que a coisa se normalize, mas há muitos fatores que prejudicam isso. A cenoura ficou cara, principalmente, por conta da chuva. Quando iria começar a se recuperar, veio o aumento da gasolina. O produto precisa ser transportado, e com isso, é inevitável os preços elevados”, pontuou.
As sanções impostas para a Rússia também colaboram com o preço alto nos supermercados. O subgerente lembra que, atualmente, o Brasil importa cerca de 23% de fertilizantes. Com isso, além da cenoura, outros produtos também devem ter os preços elevados.
Magalhães cita como exemplo o alface. Há três meses, a caixa com 20 unidades era vendido por cerca de R$ 10,00. Hoje, a mesma caixa dificilmente é encontrada por menos de R$ 30,00.
O capixaba vai precisar fazer as contas antes de definir o que vai levar para casa. E, principalmente, evitar compras em excesso de verduras, legumes, hortaliças e frutas que podem estragar.
