Que onda é essa?
Estamos no final de uma disputa acirrada em que as ondas surgem como tempestades em alto mar onde toda essa agitação se move em busca do cargo de vereador e prefeito das cidades brasileiras e que muitos candidatos partiram-se para o vale tudo. Isso porque alguns grupos estão ultrapassando a barreira do bom senso.
Nesta corrida unilateral, onde a busca pelo poder é o objetivo principal, deixou de correr atrás do eleitor para um duelo entre os candidatos para ver quem faz mais barulho: são buzinaços, som excessivos, motos com ruídos ensurdecedor, falácias desconexas, fogos, muitos fogos estrondosos e projetos… onde estão os projetos?
Tais candidatos e seus seguidores se esquecem, ou talvez nem sabem, de que existem pessoas idosas, acamadas, doentes e recém-nascidos que sofrem com este barulho descabido. Isso sem falar nos cachorros que entram em pânico com o foguetes e enfiam em qualquer lugar em busca de proteção.
Tais foguetes caem sobre as casas do cidadão de bem ou em locais com vegetação seca pondo em perigo o eleitor e os animais. Candidatos barulhentos fazem barulho para desviar a atenção da incapacidade em apresentar projetos em benefício da população e o eleitor precisa ficar atento, pois se o candidato não respeita os idosos, os doentes, os recém-nascidos e os animais é um forte indicativo de que também terá muita dificuldade para respeitar a vontade popular.
Quem ganhar ou perder seja pela onda A, B ou C deverá aprender que os tempos mudaram e a forma de fazer política deverá acompanhar a evolução das coisas porque esse tipo de fazer política é a fórmula do século passado, no entanto uma coisa não deve mudar nunca: o gestor público precisa ter empatia, caso contrário está fadado ao fracasso.
A melhor onda é aquela que traz respeito, atitudes cidadãs e busca por união da cidade como um todo, além de levar em consideração serviços essenciais e culturais, caso contrário a onda vai passar e não vai nunca mais voltar, pois o eleitor aprendeu a dar o troco nas urnas.
Edilson Xavier é escritor e formado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).