Crianças nasceram no dia 29 de dezembro do ano passado. Imagens mostram momento do exame, onde amostras de salivas foram coletadas; resultado deve sair em 10 dias úteis.
“Além da emoção do momento, certamente, elas não gostariam de estar passando por isso nessa data que completa 30 dias do nascimento das crianças”, disse o advogado de uma das famílias, Eduardo Costa.
Em nota, a advogada do Hospital São Silvestre, Luciana Azevedo, informou que “de fato, houve uma quebra no protocolo do hospital” e que, ao ser percebido, de imediato as duas famílias foram comunicadas. A unidade de saúde informou ainda que abriu processo administrativo para apuração dos fatos “e que já houve a suspensão de vários envolvidos”.
O resultado do primeiro DND, que foi feito pelo hospital enquanto as mães ainda estavam internadas, foi entregue aos advogados das famílias na tarde de sexta-feira (28). O teste de Juciara Maria da Silva deu inconclusivo, por isso, a Polícia Civil solicitou o novo exame, que deve ficar pronto em até 10 dias úteis.
O exame de DNA da outra mãe, Viviane Alcântara Dias, deu negativo, ou seja, o menino que ela está cuidando desde o dia 25 de dezembro do ano passado não é dela. Mesmo com um dos exames inconclusivo, a delegada Bruna Coelho disse que a corporação não acredita que haja uma terceira família na troca dos bebês.
“Já averiguamos que no dia nasceu apenas mais uma criança do sexo feminino, então, provavelmente, isso não aconteceu”, disse a delegada.
Inicialmente, a advogada da unidade de saúde tinha registrado no boletim de ocorrências que o primeiro exame de DNA já havia confirmado a troca. O caso está sendo investigado como crime de não identificação correta dos bebês, como está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Nós vamos avisar o Ministério Público e oficiar o Poder Judiciário porque se trata de documentações, uma situação que vai além da delegacia, mas nosso papel aqui a tentar agilizar o quanto antes a descoberta”, concluiu a delegada.