InícioBRASILPor Mair Gomes: Autismo, um convite ao diálogo.

Por Mair Gomes: Autismo, um convite ao diálogo.

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Nos textos apresentados no portal ADN referente aos avanços da pessoa com deficiência, e outros temas que relatam a luta das famílias e das pessoas com deficiência, sempre estiveram e estarão presentes de forma bem explícita  minha vivência e experiência  com minha filha de 15 anos.

Também estão presentes relatos e experiências de amigos e familiares, que sempre me  procuram para desabafar, ou buscam por informações referentes às necessidades dos filhos na saúde, na educação, em busca do BPC e outros. 

Meu trabalho como cuidadora na rede estadual de ensino e como professora na Pestalozzi contribuíram e muito, para a pesquisa, para manter uma linha de estudos e a para minha formação sobre o tema. Foi uma carga de aprendizado que sempre esteve e estará presente nos textos e nas relações futuras.

São experiências únicas que cada contexto trás, mas são narrativas que vão se somando com algumas semelhanças e diferenças, nos desafios, na aceitação, nas conquistas e avanços a cada passo, a cada superação.

A palavra superação é bonita de se falar e ouvir, dizer que alguém teve capacidade de superação parece estarmos falando que “tudo” dependia e depende somente do próprio indivíduo. Que sua força de vontade é a única barreira que o impede de obter sucesso.

No contexto das pessoas com deficiência temos que somar a esta “superação” uma imensidão de barreiras que vão sendo impostas e que não são de fácil remoção. A superação no caso se dá com muito sofrimento, e nem sempre os meios que a pessoa possui, as políticas públicas de sua cidade não atendem todas as demandas que a deficiência impõe.

O que queremos são direitos garantidos, para que o termo “superação” possa ser utilizado ao falarmos de conquistas em todos setores da vida da pessoa e que a deficiência não seja um impeditivo, mas que os recursos locais possam tornar mais leve o percurso de superação das barreiras.

Os direitos não são privilégios, são conquistas de uma sociedade organizada que precisam ser garantidos a todo cidadão. Exercer a cidadania é um processo de tomada de consciência e de busca constante.

No texto anterior foi apresentado um documentário. Na reportagem a intenção foi apresentar as diversas nuances do espectro.  O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é muito amplo, assim como outras deficiências que exigem dedicação das famílias para que seus filhos possam ser assistidos em suas necessidades.

O documentário também apresenta como cada família recebe o diagnóstico e como acontece a mudança da rotina para melhor atendimento das demandas. Sendo assim é importante relatar a necessidade que os pais têm de serem acolhidos no seio familiar e no círculo de amigos. Ouvir a família sem julgamento é a melhor maneira de manter uma relação de respeito, não tenham medo de se aproximar de uma família para tratar do tema, mas tenham sensibilidade e empatia para que sua aproximação não seja vista como uma invasão.

Para as famílias eu digo, o outro só conhecerá a nossa luta e nossos desafios se nós nos abrirmos ao diálogo, este é o principal motivo para escrever os textos, é ter a possibilidade de chegar até as pessoas e dizer. “Existe um mundo totalmente diferente do que você acredita ser o ideal, e neste mundo as pessoas são felizes, as conquistas são valorizadas, as lutas são travadas diariamente”. 

Um discurso que sempre ouvi foi: “Você não pode deixar sua vida por causa da sua filha”, minhas filhas são minha vida. Fiz e faço renúncias diariamente, no entanto o que temos ganhando é tudo de bom. Ver o desenvolvimento, as conquistas e a felicidade de quem amamos é o que nos impulsiona para nunca desistirmos.

Conheço mães guerreiras imensamente felizes com suas conquistas, quando lutamos por nossos filhos, outras pessoas são beneficiadas graças ao processo inicial  de busca por direitos.

Se a cada texto publicado, uma pessoa for impactada por uma informação nova, um comentário de estímulo, já terá sido válido cada esforço na busca por informações seguras e de qualidade.

Quando expressamos nossa opinião temos que estar abertos para ouvir também. Gostaria muito de ouvir o depoimento de outras pessoas, podemos tratar aqui também de assuntos e temas que vocês desejam, assim podemos crescer juntos e promover a inclusão de todas as pessoas diminuindo o preconceito.

https://www.filantropia.ong/informacao/pessoa-com-deficiencia-na-politica-de-assistencia-social-e-o-paradigma-da-inclusao

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