InícioTRAGÉDIABrumadinho: após quase 3 anos, corpo de capixaba é identificado

Brumadinho: após quase 3 anos, corpo de capixaba é identificado

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Uberlandio Antônio da Silva, natural de Linhares, foi localizado pelo Corpo de Bombeiros Militares no último dia 2 de outubro.

Passados dois anos e 10 meses do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, o corpo do capixaba Uberlândio Antônio da Silva, que estava entre os desaparecidos, foi identificado pela Polícia Civil de Minas Gerais. A identificação ocorreu por meio de exames de DNA, após 1.021 dias de missão.

O mecânico, que é natural de Linhares, foi localizado pelo Corpo de Bombeiros no último dia 2 de outubro, quando foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), em Belo Horizonte. Na época da tragédia, ele tinha 55 anos.

De acordo com a diretora do Instituto de Criminalística (IC) da PCMG, perita criminal Carla Vieira, trata-se de um trabalho minucioso e complexo desde a fase inicial. “Seguimos um protocolo técnico para identificar de forma qualificada e com confiabilidade essas joias, para assim trazer uma resposta às famílias”, diz.

Diversos procedimentos foram realizados

Foram realizadas tentativas de identificação por meio de arcada dentária. Contudo, foi necessário encaminhamento do corpo para o IC, onde, após inúmeros exames de confirmação, os peritos criminais constataram a identidade.

“É um processo que pode levar um tempo porque temos de repetir os exames várias vezes, comparando com o material genético dos familiares, até termos a certeza de que se trata daquele indivíduo”, explica o perito criminal Higgor Dornelas.

Ainda de acordo com Dornelas, o procedimento rigoroso atesta que se trata de uma nova identificação e não uma reidentificação, como pode ocorrer em muitos casos. “Até o momento, já analisamos mais de mil amostras e continuamos trabalhando com outros 20 a 30 materiais”, adianta.

A perita criminal Ângela Romano, que esteve no ponto de localização do corpo para os exames iniciais, afirma que, em muitos casos, objetos e vestuários particulares podem dar indicativos para a identificação formal, o que tende a ser mais raro na atual fase de resgate.

“As roupas, adereços, alianças e outros elementos de uso pessoal que as famílias nos informam podem sim indicar uma possível identificação. Contudo, sempre obedecemos às três fases de reconhecimento: impressão digital, odontologia legal e, por fim, exame de DNA”, esclarece.

Esta é a 263ª identificação realizada pela PCMG. Restam sete joias a serem identificadas.

*As informações são da Polícia Civil de Minas Gerais

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Rodolpho Rocha
Rodolpho Rochahttps://portaladn.com.br
Empresário, Árbitro de Futebol e apaixonado pelo Jornalismo local.
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