Quem nunca foi abordado com argumento parecido durante as eleições 2022 para tentar convencê-lo a mudar o voto? A retórica é a mais variada possível e com criatividade, e haja criatividade!
Os candidatos são amados por uns e odiados por tantos. Estamos falando dos candidatos à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Usando de vários artifícios com objetivo eleitoral, não faltam acusações que soam nos ouvidos do eleitor quase como um mantra diariamente e elas veem tanto de um lado, quanto de outro.
A campanha de Bolsonaro acusa Lula de ser ladrão, ainda que, caso perguntasse o que foi roubado grande parte dos eleitores não saberia dizer. Essa ideia é “martelada” o tempo todo e os seguidores de Jair Bolsonaro tratam de fazer valer a vontade dos coordenadores da campanha que é associar o candidato à corrupção e no inconsciente rejeitá-lo por achar que caso o candidato ganhe, seria capaz de roubar os cofres públicos.
Em contrapartida, a campanha de Lula aproveita da postura — alguns dizem: falta de postura — de Bolsonaro diante da pandemia e o acusa de ser omisso, permitindo que centenas de milhares de pessoas morressem por incentivar o uso de Cloroquina, sem comprovação cientifica, no tratamento da doença e negar a eficácia da vacina.
O fato é que os ânimos estão demasiados exaltados e há agressões pelos dois lados. Muitos esquecem de que numa democracia sempre haverá opiniões divergentes e o respeito à decisão do outro não deve interferir diretamente no comportamento daquele que já está com a sua escolha tomada.
Pesquisas apontam que o número de eleitor indeciso é insignificante, portanto, é ilusão achar que vai reverter voto neste contexto final. O bom mesmo é usar a razão e esperar o resultado das urnas, até porque quem já está decidido não tem nenhuma razão para votar no meu candidato.
Edilson Xavier é escritor, formado em Línguas e Letras pela Universidade Federal do Espirito Santo (UFES).
